domingo, outubro 07, 2007

O Douro é uma paixão

Afinal... Afinal não voltei a Vila Real!
Afinal, o Douro 'falou' mais alto e regressei às suas margens. Desci de Sabrosa ao Pinhão para fazer a marginal até à Régua; aqui chegado, meti-me num barco imitação dos rabelos, para um curto passeio Douro acima até à barragem de Bagaústre (e regresso, naturalmente).
Para variar, aqui fica mais uma nota gastronómica: esqueçam os preços e não percam um almoço no Douro In, em plena marginal da cidade. Garanto que não se arrependem! Que espectáculo de restaurante!

sábado, outubro 06, 2007

Um dia nas corridas

Tenho uma vaga ideia de vos ter prometido, ontem, contar o que foi, realmente, o meu dia. Mas não me apetece muito...
Digo-vos, unicamente, que foi um dia bem passado, descansado, bem bebido e bem comido. Tinha-o reservado para a Quinta Nova - onde pernoitei três dias - e cumpri: de manhã, cansei-me para cima e para baixo numa parte da vinha; depois de almoço, para cima e para baixo na adega (onde fui 'obrigado' a provar aquilo que já não são mostos mas também ainda não são vinhos) e nas caves de envelhecimento do vinho; ao fim da tarde e ao jantar também o meu braço direito se cansou para cima e para baixo a provar vinhos do Douro e do Porto. Enfim... uma canseira!
Hoje (e antecipo já o amanhã) foi reservado às corridas de Vila Real; um regresso para eles, uma estreia para mim. Como devem perceber pela foto, aquilo foi uma animação...
Mas, amigas minhas (e amigos meus), o que é verdadeiramente mau (e nem eu consigo arranjar desculpa para mim próprio...) é eu ter regressado à terra daquele que um verdadeiro sportinguista se recusa a dizer o nome!...
É verdade que não havia alojamento em mais lado nenhum, mas, perante isso, eu NÃO DEVIA ter sequer pensado em vir às corridas a Vila Real!
Porque isto é tudo mau (como o 'dono' do nome)! É mau o hotel, apesar do 'quality inn'; é mau o restaurante (também porque é do hotel); é má a frequência (creio ter caído no meio de um programa de turismo sénior...); é mau...; é má... enfim... tudo é mau aqui onde aquele de quem não se pronuncia o nome iniciou a sua parte da poluição do mundo em que vivemos.
Mas lembram-se das histórias do Astérix? Pois é... Aqui não é TUDO assim tão mau. Foi aqui que vi o Sporting dar três ao Guimarães...

sexta-feira, outubro 05, 2007

Um dia... hic!... em branco

Olá... hic!... boa noite!
Hoje foi... hic!... aquilo que se pode designar... hic!... por um dia em branco... hic!... Melhor dizendo... hic!... um dia em tinto... hic!
Eu vou tentar... hic!... contar como foi... hic!
Era uma vez... hic!... hic!... Não!... hic!... não é essa história!... hic!... Bem!... hic!... concentra-te... hic!... Chico!... hic!...
Hic!... Reservei a manhã a uma volta pela quinta... hic!... mas isso é cansativo como o raio... hic!... porque... hic!... como devem saber, o Douro é acidentado... hic!... comó raio... hic!...
De tarde,... hic!... depois da canseira da manhã, fui visitar... hic!... o lagar, a adega e a cave... hic!... E foi aqui,... hic!... que as coisas se começaram a complicar... hic!... porque houve um malandro... hic!..., sim, um malandro!... hic!... que me deu a provar tudo quanto... hic!... estava dentro de uns cilindros metálicos e que... hic!... ele garantia que havia de vir a ser... hic!... vinho!... hic!...
Não era!... hic!... Era quase açúcar!... hic!... Mas alcoólico!... hic!...
Mas o pior... hic!... foi ao jantar!
Hic!... Pois não é que... hic!... tive que provar... hic!... um vinho branco,... hic!... dois tintos... hic!... e dois Portos... hic!... hic!...
Pois foi!... hic!... Estou aqui que nem posso!... hic!... hic!...
Amanhã... hic!... se tudo correr bem... hic!... talvez me lembre do que vos queria contar... hic!... hic!

quinta-feira, outubro 04, 2007

Douro abaixo... Douro acima... Douro abaixo

Que dia simpático! Ou melhor, que tarde simpática, metido num comboio, descendo, subindo e descendo de novo o Douro.
Estou alojado numa 'coisa' chamada 'Hotel do vinho', na Quinta Nova de Nª Srª do Carmo, algures numa curva do Douro 'próximo' do Pinhão. Isto não é propriamente barato, mas é muito bom!
Voltando ao princípio... Primeira parte da viagem: Ferrão (que é o apeadeiro aqui próximo) etá Marco de Canaveses (para tomar balanço...). Depois do almoço (UMA sandes de queijo!), viagem até ao Pocinho, quse sempre à beira rio, com paisagens deslumbrantes e, aqui e ali, de cortar a respiração). Meia hora de 'descanso' e volta pelo mesmo caminho até ao Ferrão, para fechar o círculo e regressar a 'casa'.
Um comentário único: é imprenscindível fazer esta viagem, mas Outubro é um mês algo arriscado...
Uma nota única: a CP não ajuda nem um bocadinho à afirmação turísitica do Douro. Sinalização inexistente, estações fechadas, património a desfazer-se... É um verdadeiro crime!

Gravuras encharcadas

Hoje (dia 3 de Outubro), foi dia das gravuras do Vale do Côa. Mas um dia horrível para ver fosse o que fosse ao ar livre.
Chuva, chuva e mais chuva! Para mais, é proibido usar chapéu de chuva durante a visita... O que valeu foi um impermeável que, previdentemente, faz parte do equipamento do carro.
Mesmo com chuva, a visita foi interessante, tendo eu escolhido a zona próxima de Castelo Melhor. Diz o guia que é a mais fácil de ver... Pelo menos é a que tem menor percurso a pé, o que é sempre uma vantagem.
Como não há fotos (a minha máquina não sabe nadar...), fiquem com uma foto tirada de Vila Nova de Foz Côa e com a necessária infromação gastronómica: quando forem para aqueles lados, perguntem onde fica o Restaurante Bruiço; não é fácil dar com ele, mas vale a pena procurar...

terça-feira, outubro 02, 2007

Por terras do Bandarra

Hoje é o primeiro dia de uma semana (quase) inteira de férias. O programa começa aqui, em Trancoso, contempla as gravuras de Foz Côa, o vale do Douro e um fim-de-semana de corridas 'à antiga' em Vila Real.
Eu já sabia... mas como não choveu durante toda a viagem, resolvi deixar o pingómetro no carro e arriscar a visita ao centro histórico de Trancoso sem a devida protecção. Pois! Choveu mesmo e, portanto, o passeio teve que ser consideravelmente encurtado no tempo (e evidentemente com a máquina bem protegida).
Portanto, praticamente não há fotos de uma terra bastante interessante e que, em dia menos nebuloso, deve dar fotos muito bonitas.
Em Trancoso, quase tudo roda em torno de dois nomes: D. Dinis, que aqui veio desposar Dª Isabel, e Gonçalo Anes, 'Bandarra' por alcunha, sapateiro e profeta.
Mas Trancoso é também terra de boa comida: recomendo vivamente um restaurante que responde pelo nome de 'Área Benta' e onde se servem manjares deliciosos.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Notas de viagem - França 2007 (capítulo VIII)

Afinal... Bem podia gastar o resto da vida à procura do 202… Ça n'existe pas... Os Campos Elíseos acabam no 156. Mas existe o 16 da Rua do Hélder, apesar de ser um prédio do fim dos anos 90 do séc. XX.
O dia hoje rendeu. Sem chuva, com sol e calor, deu para ir aos Campos Elísios – ver que em França a Mercedes também faz saldos – voltar a Notre Dame e fotografar a Rua do Hélder.
Agora a bordo do TGV (!), e dando uso ao mp3, viajo ao lado de uma fulana que aposto ser portuguesa... Sentou-se e puxou de um livro; dois minutos depois desistiu da intelectualidade e desatou furiosamente a comer pistachios; agora adormeceu e deu para ver que anda a passear Amin Malouf – Les Identites Meuritrieres.
De resto a carruagem é dominada por adolescentes franceses – a caminho de férias – e espanhóis – de regresso de férias. A francesa que vai ao meu lado, do outro lado do corredor, até leva um gato.
Apesar de viajar de costas para o sentido de marcha, isto de andar de TGV não faz diferença para os outros comboios – só comprime os ouvidos nos túneis... Giro é o cheiro a queijo que vai chegando às minhas narinas... Como levo o saco aos pés vão pensar que não os lavo há eternidades.
Irún… transferência para o Sud-Express. Os bascos são umas bestas! Os bascos ou os ‘espanhóis’ que mandam nesta espécie de guarda fronteiriça… Senti-me transportado às filas de selecção dos SS na Alemanha nazi: passageiros para Portugal por aqui; passageiros para Espanha para ali. Quem demandava Espanha não foi sujeito a qualquer revista (pois… lá nem há terrorismo!); quem tinha Portugal como destino viu as suas bagagens passadas ao raio X (ou qualquer coisa semelhante) enquanto era submetido às maiores faltas de consideração pelos ‘guardas’ de serviço.
Passada aquela provação, o velho comboio constituiu um oásis, para o que contribuiu a simpatia de todo o pessoal. Parabéns à CP por isso, mas um cartão vermelho pelo material que coloca ao serviço daquela linha, porta de entrada em Portugal.
De resto, a viagem correu bem, mas o Sud-Express já não é o que era e gorou-se a minha intenção de viver o que sentiam os emigrantes de regresso a casa.

Notas de viagem - França 2007 (capítulo VII)

Paris, por estes dias, está cheia de espanhóis, italianos e, claro, japoneses... O jantar de hoje foi giro... Na mesa à minha frente, dois grupos de americanos comparavam imagens de telemóveis; à minha esquerda um casal de 'amigos' castelhanos curtia uma escapadela parisiense; à minha direita uma italiana carpia as mágoas de um noivo prepotente para outra – que suspeito familiar do dito cujo – que lhe ia aconselhando submissão. Se estes latinos soubessem quanto percebemos da sua língua, pediam o BI a quem estivesse nas proximidades…
A visita 'aérea' de Paris correspondeu às expectativas, salvo a chuva que me impediu de completar o percurso e, entre outras coisas menores, fotografar o 202 dos Campos Elísios...
Já fiz quase 800 fotos, mas desconfio que nem oito são dignas de registo.

Notas de viagem - França 2007 (capítulo VI)

Paris, finalmente. Um calor abrasador, e uma primeira conclusão; isto é uma sucessão de aldeias. Ninguém sabe onde é nada... Andei talvez uma hora à procura de uma rua. Até um tropa me mandou rigorosamente para o lado contrário... De resto... Os jardins das Tulherias, ao domingo, não são diferentes da feira de Leiria, a não ser talvez no multiculturalismo.
Quanto ao programa definido, o cruzeiro no Sena é sofrível e a vista das iluminações é fraca... Paris, cidade-luz é objectivamente um exagero e uma 'simples' imagem de marca.
Tudo bem. Isto é bom para intelectuais e novos ricos, mas revela bem a França... Um pais de parolos, tal como Portugal, que fez a sua 'grandeza' à custa de muitos outros... O obelisco da Praça da Concórdia – ‘o primeiro monumento de Paris – foi roubado no Egipto. O metro foi construído por portugueses. E hoje, tudo o que faz funcionar Paris é assegurado por imigrantes.
Mas vale a pena cá vir... Não só para conhecer, como para ficar a gostar mais de Portugal, como ainda para perceber o quão detestáveis são as cidades imperiais – Madrid é igual e, pelo contrário, Barcelona é amigável. é uma grande cidade à nossa escala.
Uma nota para o hotel; mais velho que o de Bayeux mas melhor: a casa de banho existe, tem ar condicionado e frigorífico. Ao lado é a CGD e à frente existe um restaurante madeirense...

Notas de viagem - França 2007 (capítulo V)

Hoje sim. Hoje valeu completamente a pena. Grande dia, apesar de ser pena este circuito tratar apenas dos americanos. Particularmente impressionantes os dois cemitérios – alemão e americano – e o que se pode imaginar que foi a carnificina em Omaha Beach.

Notas de viagem - França 2007 (capítulo IV)

Depois de uma péssima noite, cheio de medo de não conseguir fazer a visita guiada, lá fui e, com alguma dificuldade e muita dor pontualmente, acompanhei tudo. O pior foi à chegada: custava muito andar. Lá fui à farmácia e com ajuda a partir de casa a coisa vai melhor.
Quanto à visita guiada, vale a pena, claro, mas penso que eles inventam um bom bocado... Estou convencido que andei por sítios ‘importantíssimos’ que nem alemães nem aliados conheceram.

Notas de viagem - França 2007 (capítulo III)

Porra! Até aqui em Bayeux eles atacam. Um grupo de ‘japs’ incluindo uma grávida...
O dia começou aparentemente mal, com um atraso de uma hora, mas tudo se compôs. Excepto o tempo, cinzento e sempre a ameaçar chuva. Que felizmente só caiu enquanto estive dentro do carro.
Vamos a ver se a pilha de queijos chega a casa em condições... Para já, uma das meninas do hotel foi simpática e emprestou um bocado de frigorifico. Ao contrário do animal que 'fez' de recepcionista da noite, que não fez nada para me ajudar a debelar uma terrível dor muscular.

Notas de viagem - França 2007 (capítulo II)



A viagem começou logo com uma contrariedade... Um Boeing em vez de um Airbus, mas tudo bem. A viagem foi boa, apesar de me parecer que podia ter trazido pára-quedas... Tenho ideia que sobrevoamos a Normandia. O pior foi depois... O transfer, com um argelino ao volante, demorou horas a deixar-me em St Lazare e ainda por cima o comboio saiu brutalmente atrasado; resultado... um dia perdido em transportes. O hotel não é mau de todo (apesar de ficar a léguas dos nossos três estrelas), o restaurante é bom, mas os preços escaldam...

Notas de viagem - França 2007 (capítulo I)

Como começa a ser costume, há que ir de véspera para Lisboa. É mais caro, mas é uma excelente desculpa para comer um bife na Portugália.
Este ano, todavia, a coisa ia correndo mal... Com tanto tempo para preparar tudo, esqueci-me de mudar o calçado; houve que voltar a casa, mas o taxista era tão lento – apesar de avisado – que apanhei o autocarro já à porta da garagem.

Notas de viagem - França 2007 (nota prévia)

Já passou quase um mês desde o regresso de França, mas a preguiça, senhores, travou as crónicas que (ainda por cima) já vinham quase escritas de lá.
Como é normal aqui, a ordem final será a inversa dos acontecimentos.
Fiquem bem.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Notas de viagem - Do presunto às brisas


Puxa! É muito mais longe de Chaves a Leiria do que daqui lá!
Não acreditam? É verdade! Para lá, fui directo (via Porto, Guimarães, Vila Pouca…). Para cá, fiz o mesmo caminho até Vila Pouca, depois segui para Vila Real, fiz um desvio para almoçar (já lá vamos…), voltei à A24, entrei na A25 até perto de Aveiro e depois, A1 até Leiria.
Como será óbvio, a diferença maior foi o desvio para almoçar… Escolhi Sabrosa, mais uma vez por indicação do José A Salvador: ele tem um guia (verdade que já de 2002/03) onde indica o ‘Solar’… Azar! O dito cujo já não existe… Prestavelmente, indicaram-me um outro, mas ‘aquilo’ não é um restaurante!
E perguntam vocês: ‘quem mandou um sportinguista militante deslocar-se à terra daquele que não se pode pronunciar o nome?’ É facto! Eu devia ter desconfiado que daquela terra não podia sair nada de jeito, mas que querem? Acreditei no Salvador (ops! Isto não era uma piada)…
Depois de três dias de descompressão (mesmo que com pequenos interregnos na segunda-feira), a viagem de hoje custou imenso a fazer: não há uma única área de serviço entre Chaves e a Mealhada! Não há onde parar, a não ser que se abandone a auto-estrada… Mas o percurso é genericamente bonito, especialmente quando se atravessa a zona da Régua: é pena não haver zonas de paragem, porque a paisagem vale a pena.
Mas somos, lamentavelmente, um país de costas para o turismo… A sinalização, para dar apenas o exemplo maior, é um desastre! Ou se conhece a zona, ou o mais certo é qualquer um perder-se.
Já agora, uma nota para o hotel: está ao nível da sinalização… as instalações são razoáveis, mas a comida é apenas sofrível e os quartos não são insonorizados… ouve-se tudo, o que é particularmente desagradável quando nas imediações ficam putos berrões!
E pronto! Consegui descansar, foi pena o tempo não me ter ajudado (principalmente para as fotos). E até consegui dar uma de Pacheco Pereira, com actualizações diárias! Um luxo…

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Notas de viagem - Do presunto à vitela do Barroso


O dia acordou chuvoso, prometendo manter-se assim...
Que fazer? Um dia inteiro no quarto ou cumprir a rota das barragens, como tinha programado.
Arrisquei e a verdade é que durante toda a manhã não choveu uma gota! Nuvens, algum nevoeiro, até uma réstea de sol, fizeram-me companhia durante um percurso bonito, principalmente a partir do ponto onde se vislumbra pela primeira vez o regolfo da barragem do Alto Rabagão.
As nossas vias, infelizmente, não estão sinalizadas para turismo: nem as indicações são completas nem, ao menos, as placas referem o número das estradas (sempre ajudava a ler os mapas!): perdi-me, logo em Boticas, perdi-me noutro local no meio da Serra do Barroso, mas a coisa nem correu mal de todo até Montalegre.
Almoço, no Restaurante Terra Fria (recomendação do José A Salvador), muito bom de comidas (vitela barrosã, pois claro!), mau de vinhos (beber Alentejo quase à beira Douro?!) e fraco de serviço (uma brasileira a servir naquele cú do mundo?!).
Depois... bom, depois começou a chover, resolvi alterar os planos (regresso a Chaves) e perdi-me completamente na Serra do Barroso. Quilómetros e quilómetros sem saber onde estava, sem povoações, sem sinais, sem Sol para procurar o Norte... dei por mim a pensar: ‘está certo... Serra do Barroso... curvas e contra-curvas... foi aqui que o Durão refinou o seu pensamento político...’.
Lá me encontrei (curiosamente no meio do nevoeiro), lá encontrei uma estrada com marcos, lá consegui regressar a Chaves... com passagem por Espanha para atestar!...
Um protesto, dirigido não sei a quem: atão cadê os cornos dos bois do Barroso? Só vi bois e vacas ‘normais’... já não põem os cornos uns aos outros?

domingo, fevereiro 18, 2007

Notas de viagem - Do presunto aos ‘bocadillos’


Há gajos burros! Ou então... há gajos que quando estão de ‘férias’ ficam um pouco... muito lentos!
Ontem, à chegada a Chaves, o depósito de combustível estava em baixo: encho já, encho amanhã... atestei logo!
Hoje, o programa contemplava a cidade de Chaves, mas em boa verdade isto ‘gasta-se’ num instante e à hora de almoço resolvi ir até Espanha: lembrei-me que saímos por uma vila Verde e entramos por uma povoação com um nome sugestivo... Isso mesmo (vejo que sabem geografia!): ‘Feces de abaixo’.
Pois lá fui e a terceira ‘coisa’ que vi (a primeira foi a ‘Ribeira de Feces’ e a segunda a dita cuja povoação) foi um posto de abastecimento (da Galp)! Pois é... ontem nem me tinha passado pela cabeça a diferença de preço da gasolina e a proximidade da 'pechincha'!
Mas voltemos ao princípio. Chaves acaba por ser uma cidade pouco interessante: as margens do Tâmega estão bem tratadas, a Torre de Menagem está no meio de um jardinzinho bem cuidado, mas o resto é pobre, mesmo considerando a Ponte de Trajano.
A manhã chegou para fazer uma ideia, o almoço não foi mau de todo (num restaurante fora da cidade com uma vista muito boa), mas não havia mais nada que fazer.
De modo que lá fui até Verín, que não me atraiu (cheia de mascarados...): há por lá um castelo (de Monterrey), mas quando estava a estacionar o carro chegaram uns indígenas mal educados; de modo que fiquei sem lugar. Sem lugar e sem vontade de visitar o dito cujo.
Voltei pelos mesmo passos e aqui estou a fazer o resumo de quase nada.

sábado, fevereiro 17, 2007

Notas de viagem - Do presunto às alheiras


Resolvi ‘dar a volta' a Trás-os-Montes. Hoje foi dia para passar por Valpaços, Mirandela, Bragança e Vinhais.
Está tudo diferente do que recordava, mas a verdade é que passaram cerca de 25 anos sobre as minhas andanças por estas paragens. Só havia regressado a Mirandela, vai lá uma década, para um encontro de 2CV.
Valpaços está mais na mesma, mas Mirandela deu um salto enorme (tudo é relativo, claro)... Um centro muito bem tratado, uma bonita ligação ao rio, só foi pena o tempo chuvoso (nada de fotos...).
Bragança também está muito crescida, mas não deu para ver bem, porque já ia ‘linkado’ ao almoço e também estava a chover. Foi pena, porque estava a fazer conta de visitar (e fotografar) o Castelo e a Domus Municipalis.
A conselho de um amigo, foi almoçar a Gimonde, a uma casa sublime chamada ‘D. Roberto’. Não estava ninguém para me fazer concorrência, de modo que fui tratado como um príncipe! A comida é óptima, o serviço é atento e cuidado e... suprema tentação... tem uma loja de produtos tradicionais. De modo que o frigorífico do quarto está cheio de alheiras – de Mirandela e de Bísaro (normais e de caça) –, mais uma coisa chamada ‘Butelo’ (um enchido de carnes com ossos) e outra a que chamam ‘cascas’ (feijão separado das vagens mas seco em conjunto): depois digo se é bom.
O ‘D. Roberto’ é uma casa tradicional, com varanda de madeira, com uma enorme lareira e decorado com uma imensidão de tralha rural. Entre tudo, sobressaía o que me pareceu ser uma terrina (sem tampa...) de louça da Cruz da Légua... Coisas...

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Notas de viagem - Chaves... longínqua Chaves!


Puxa! Chaves é mesmo longe! Muito mais que os 300 e tal quilómetros que indicam o mapa... Com duas paragens pelo caminho, com dois cafés e outros tantos cigarros, foi complicado cá chegar. E ainda mais complicado que cá chegar foi dar com o hotel...
Quem diria que uma cidade aparentemente tão pequena era tão grande!... Foram quase três quartos de hora para encontrar o hotel... Afinal era simples!
O hotel não é mau, é até bastante decente. O mesmo não se pode dizer do restaurante integrado no dito cujo: bom serviço, mas má cozinha. Enfim... Depois de cerca de quatro horas de automóvel tudo seria bom.
Da janela do meu quarto tem-se uma vista nocturna muito bonita, como espero que possam comprovar pela foto.
Esta é a primeira noite de um (curto) período de descanso, inteiramente merecido e imensamente desejado nestes últimos dias.
Vou tentar dar uma de Pacheco Pereira, com actualizações frequentes a dar conta das sensações. Mas a verdade é que vim mesmo para descansar...

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

domingo, janeiro 28, 2007

Prontos! Sou eu...

Esta treta do 'novo' Blogger deu-me tanto trabalho que... pronto! OK!
O Liseo assume a autoria de três blogs, um para cada 'personalidade'.

domingo, janeiro 07, 2007

Notas de viagem - Trocar os vês pelos bês


Este fim-de-semana fomos à terra das bacas e dos vois…
O objectivo próximo era festejar o aniversário de alguém de lá imigrado para os nossos lados… Pode dizer-se, com toda a propriedade, que cumprimos esse primeiro objectivo e também o secundário, o terciário e por aí fora. Tão por aí fora que houve quem quase conseguisse chegar com o dedo ao que comeu e, principalmente, ao que bebeu.
Sem entrar em pormenores mais íntimos – como por exemplo quem foi – pode dizer-se, para memória futura, que a coisa correu bem. Tão bem, tão bem, que o FCP até perdeu em casa com uns ‘mouros’ de quem ninguém ouvia falar praí há 30 anos!!!
Em primeiro lugar – e para começar pelo princípio, como todas as crónicas – a viagem: de comboio a partir de Pombal. Bom… de comboio foi um dos convivas! Os outros, em respeito à verdade, foram de bar!...
Lá chegados, ala para o hotel com a primeira ‘lição’: pois não querem saber que havia no grupo quem nunca tivesse visto as amigas da Carolina em trabalho? Ah pois!
Arrumadas as ‘malas’, primeira etapa da visita: O Solar do Vinho do Porto – já com a equipa aumentada – onde a malta deparou com uma vista soberba, um empregado muito para cima de mal-educado e um Vinho do Porto tão bom que até convenceu infiéis…
A segunda etapa, por acaso, provocou a segunda nódoa… Fixem este nome: Cervejaria Galiza… come-se bem, bebe-se bem, atendem bem e 'somam' ainda melhor!
Já com os estômagos devidamente aconchegados, lá fomos até ao cais de Gaia fazer horas para o jantar (que seria, para variar, muito depois da hora marcada…). O bar onde nos acolhemos – e aumentámos o grupo – era ‘tipo Galiza’: um vinho do porto (assim mesmo, em minúsculas) mais caro que o Vinho do Porto ingerido pouco antes…
E agora, senhoras e senhores…, o jantar: Aqui sim! Aqui a coisa correu mesmo bem – com o grupo novamente aumentado com ‘meia dúzia’ de indígenas: bom serviço, boa bebida, muito boa comida, excelente cenário e a tentativa de duas ‘penetras’ se misturarem… eventualmente para, enfim…, serem, quem sabe?..., penetradas. Seria mesmo? Pelo menos parecia…
Com parágrafo próprio, para devido registo, fixem este nome: Restaurante D. Tonho, logo à direita quando se sai do tabuleiro inferior da Ponte D. Luís em Vila Nova de Gaia.
O regresso ao Porto foi a pé, pela dita cuja. Quanto ao resto da noite… houve desistências, abandonos e outras desgraças cujos efeitos seriam perfeitamente visíveis no dia seguinte…
Pois! O dia seguinte… Quanto ao dia seguinte, o melhor mesmo é ele ficar reduzido à ilustração acima!