segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Notas de viagem - Do presunto à vitela do Barroso


O dia acordou chuvoso, prometendo manter-se assim...
Que fazer? Um dia inteiro no quarto ou cumprir a rota das barragens, como tinha programado.
Arrisquei e a verdade é que durante toda a manhã não choveu uma gota! Nuvens, algum nevoeiro, até uma réstea de sol, fizeram-me companhia durante um percurso bonito, principalmente a partir do ponto onde se vislumbra pela primeira vez o regolfo da barragem do Alto Rabagão.
As nossas vias, infelizmente, não estão sinalizadas para turismo: nem as indicações são completas nem, ao menos, as placas referem o número das estradas (sempre ajudava a ler os mapas!): perdi-me, logo em Boticas, perdi-me noutro local no meio da Serra do Barroso, mas a coisa nem correu mal de todo até Montalegre.
Almoço, no Restaurante Terra Fria (recomendação do José A Salvador), muito bom de comidas (vitela barrosã, pois claro!), mau de vinhos (beber Alentejo quase à beira Douro?!) e fraco de serviço (uma brasileira a servir naquele cú do mundo?!).
Depois... bom, depois começou a chover, resolvi alterar os planos (regresso a Chaves) e perdi-me completamente na Serra do Barroso. Quilómetros e quilómetros sem saber onde estava, sem povoações, sem sinais, sem Sol para procurar o Norte... dei por mim a pensar: ‘está certo... Serra do Barroso... curvas e contra-curvas... foi aqui que o Durão refinou o seu pensamento político...’.
Lá me encontrei (curiosamente no meio do nevoeiro), lá encontrei uma estrada com marcos, lá consegui regressar a Chaves... com passagem por Espanha para atestar!...
Um protesto, dirigido não sei a quem: atão cadê os cornos dos bois do Barroso? Só vi bois e vacas ‘normais’... já não põem os cornos uns aos outros?

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