sexta-feira, julho 30, 2004

Notas de viagem - Barcelona 2004 (capítulo IX)

Girona, terça-feira, dia 6 de Julho

É uma cidade simpática, Girona. Atravessada por quatro rios, um deles oferece uma paisagem algo semelhante ao que poderia ser Leiria na zona das Ruas Tenente Valadim e de Tomar. As casas erguidas sobre as margens do rio estão pintadas de várias cores, contrastando, de forma alegre, com uma água cinzenta e cheia de sujidade (não sei se também poluída como a do Lis...).
O rio é atravessado por várias pontes, uma das quais tem "assinatura" Eiffel, que permitem um trânsito a pé entre zonas fechadas ao tráfego automóvel.
Às 10h30 começou uma visita guiada que nos devia levar a conhecer, entre outras coisas, a zona antigamente ocupada pelo bairro judeu, um dos mais importantes da Catalunha. A guia, uma "cinquentona avançada" e simpática, ofereceu-nos a perspectiva histórica da cidade desde o tempo dos mouros (pelo menos).
Uma coisa não percebi (e não percebo em muitas destas visitas guiadas): por que razão, se o bairro judeu foi assim tão importante, essa realidade fica quase como se fosse uma nota de rodapé?... Visitámos igrejas, observámos as muralhas, mostrou-nos ao longe os "banhos árabes" e, no fim, lá nos levou ao "Call": nem 20 minutos... A história parece resumir-se ao período e factos da era cristã: tudo o mais são as tais notas de rodapé.
Acabada a visita guiada, tempo ainda para uma visita que me levou a uma praça que podia inspirar Câmara e comerciantes para transformar a Rodrigues Lobo. Restaurantes, bares de tapas, movimento constante. O almoço foi ali mesmo e comi uma das melhores refeições, ainda por cima a um preço simpático


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