sexta-feira, agosto 25, 2006

Notas de viagem - Barcelona 2006 (final)


E chegou domingo, dia 30, e o detestado regresso... Dia sem programa especial (para além de... flanar).
Diga-se, para happy end, que quase tudo correu bem no aeroporto, à excepção de um inexplicável atraso no autocarro que nos havia de levar ao avião.
Menos bem correu a última refeição em Barcelona: uma indisposição das miudezas que me obrigou a fazer parte da viagem de lado (não sei se me percebem...)
Notas finais para algo que não ficou escrito para trás:
- Uma noite na "la Pedrera" (sim, a maravilha das maravilhas do Gaudí) ao som de música do Brasil e com uma vista belíssima de Barcelona;
- A absoluta paranóia pelo Barça e pelo Ronaldinho (em cada puto... dois vestem-se de Barça e três de Ronaldinho);
- A ausência quase absoluta de referências a bebidas (um gajo tem uma posição a defender, não é?)
- O fascínio que mantenho por Barcelona e a vontade de lá voltar, mas levando amigos.
E agora... Até quando me apetecer

Notas de viagem - Barcelona 2006 (capítulo V)


E comecei a contagem decrescente para o regresso...
Logo de manhã com a confirmação do susto: o aeroporto tinha estado fechado 11 horas, com 100 mil passageiros em terra e mais 100 mil à espera de chegar! E eu com voo no dia seguinte...
Mas não valia a pena morrer de véspera. Afinal, ainda tinha mais de 36 horas pela frente!
O dia estava reservado para a 'Rota gourmet' e para... flanar.
A tal 'rota' é um passeio a pé pelos mais emblemáticos (dizem eles) da cidade no que às comidas diz respeito. Primeira desilusão: as comidas são, exclusivamente, doces e afins. Mas a coisa é gira na mesma, até porque começa pelo mercado de 'La Boqueria', um festival de cor, diversidade, frescura e 'actualidade': então não é que há uma banca onde se vendem as últimas tendências... chupa-chupas de escorpiões! A sério...
De resto... Um pouco de 'revisão da matéria dada', leia-se regresso a locais que já conhecia e de que gosto muito.

Notas de viagem - Barcelona 2006 (capítulo IV)


Dia de excursão...
Estávamos então a 28 de Julho e dediquei a sexta-feira às "Bodegas Torres" (talvez o maior produtor espanhol de vinhos), ao Mosteiro de Monteserrat e a Sitges (uma das mais badaladas estâncias balneares da Catalunha).
Mas comecemos pelo princípio e pelas vinhas, adegas e caves "Torres": aquilo é tudo em grande! Em grande e em surpreendente: sabiam que eles estagiam os vinhos tintos em garrafa ao som de música clássica? Pois... dizem que melhora o vinho.
Monserrat já conhecia de outras idas, mas estreei a subida no comboio 'cremallera' (viagem mesmo à beira do precipíííííííício), uma prova de excelentes licores e a subida ao altar da 'Moreneta', imagem da Virgem que é a padroeira da Catalunha (e onde, por exemplo, o Barça se desloca após uma grande conquista).
Por fim, Sitges. Estância muito conhecida, parte dessa notoriedade deve-se à frequência gay, que comprovei digamos que até ao nojo! Mas mais nojo ainda me meteu um tipo quase completamente tatuado e onde se destacava uma suástica... De resto, é uma povoação simpática, bem arranjada e com uma marginal reservada aos peões muito agradável. Registe-se, por ser verdade, que haverá muitos gays, mas há também muita mulher bonita (não! não eram trans...)
À margem... Logo de manhã apanhei um susto com a leitura dos jornais: o aeroporto estava encerrado por tempo indeterminado devido a uma greve de parte do pessoal de terra da Iberia... não percam os próximos capítulos!

Notas de viagem - Barcelona 2006 (capítulo III)


Este foi o dia da 'coltura'. 2006 é 'ano Picasso' em Barcelona e... bem! já posso dizer que conheço Picasso, a sua obra e, supremo arrojo, os seus sítios em Barcelona. Sou um verdadeiro intelectual! Conheço PIcasso (Guernica e tudo!), conheço Dali, conheço Miró, Gaudí...
Depois da estafa da manhã, atrás precisamente dos sítios do Picasso, o melhor do dia foram duas horas a dormir estendido na banheira! A sério!!...
Antes de jantar (ainda por cima não houve verdadeiro almoço...), mais uma horita do meu desporto favorito.
E agora, meus amigos, um segredo: quando forem a Barcelona e quiserem que chova, vão comer ao restaurante "Port vell" (na Barceloneta). Duas vezes que já lá fui, duas vezes que choveu... Certinho!

Notas de viagem - Barcelona 2006 (capítulo II)


E veio então dia seguinte (o primeiro completamente vivido em Barcelona.
A manhã foi dedicada ao 'Museu molí paperer de Capellades': recepção 'de luxo', com uma visita guiada só para mim! Digo-vos que aquilo é muito, mas mesmo muito, giro.
Depois, caí na asneira de percorrer de comboio a costa para nordeste de Barcelona, com a ideia de me ir apeando pelo caminho em algumas povoações que julgava ter estudado antes de partir. Desisti na primeira paragem, limitando-se a seguir até ao fim da linha e regressar: que fique claro que aquilo é muito bonito, sempre à beira do Mediterrâneo, praias e praias sucessivamente (muito topless e muito nudismo, por sinal). No regresso, 'cairam-me na sopa' quatro jovens italianas - 'llenas' de celulite - de regresso a casa: falavam alto e sempre, produziam muito mais barulho que o resto do comboio todo...
A chegada (estava um calor dos diabos) repeti um cruzeiro pelo mar frente a Barcelona, mas nem assim refresquei.
O resto do dia foi dedicado ao desporto que mais gosto de praticar em Barcelona: flanar pelas Ramblas...

Notas de viagem - Barcelona 2006 (capítulo I)


Olá
Cá estou de novo (não há fome que não dê em fartura, não é?), agora para resumir outros seis dias, seis, em Barcelona.
Comecemos então pelo princípio. E o princípio foi no dia 25 de Julho (há um mês, já...) com um voo matutino (Vueling, desculpem a 'propaganda') e que trouxe a primeira contrariedade: a minha mala foi assaltada algures entre o check in em Lisboa e a passadeira de recolha em Barcelona: uma t-shirt e quatro maços de tabaco ficaram pelo caminho.
Que se lixe! Finalmente encontrei um hotel que tivesse quartos (e WC) decentes, bem noc entro da cidade: é verdade que fica carote, mas compensa e fiquei realmente bem instalado.
Como em qualquer viagem, comecei por ir confirmar que as Ramblas estavam no mesmo sítio... Estavam! O que não estava era a sinanoga... encontrei placas, inscrições anti-judaicas mas a dita cuja... nada. Ao jantar, num dos restaurantes do 'Palau de mar', uma surpresa bem agradável: um empregado brasileiro (por acaso chegado de Londres...).
"Gracias a la vida... que me ha dado tanto"... conhecem? Violeta Parra, uma poetisa chilena que se suicidou, escreveu uma coisa belíssima e que me acompanhou todos estes dias em Barcelona. De facto, quando estamos bem não custa reconhecer a 'boa vontade' da vida para connosco!

Notas de viagem - Barcelona 2006 (ponto prévio)


Há quanto tempo!...
vejam lá... Em Fevereiro vim aqui, todo orgulhoso, dar conta de que faltavam 44 dias para voltar a Barcelona!...
Pois... Fui, voltei e já regressei de novo à minha 'segunda cidade' e nem uma palavra aqui registei.
Daí este 'ponto prévio': Em Março (os tais 44 dias que faltavam) fui a Barcelona assinalar o meu cinquentenário. Foram três dias apenas, uma 'loucura' merecida por quem atinge 50 anos.
Este (bem... aquele) fim-de-semana tem pouco que contar, para além dos imensos japoneses (e/ou afins) que invadem em permanência a cidade, das 'estátuas' das Ramblas e dos restaurantes. É preciso que se diga que fui quase sem programa... fui flanar (gosto desta palavra!).
O primeiro restaurante 'notável' responde pelo nome de "Els quinze nits" e aí, meus amigos, fui surpreendido com um casal na mesa ao lado (ele jarreta e ela apenas meio-jarreta) completamente apaixonados (ou era dia de... ou aquilo metia facada num ou dois matrimónios).
No dia seguinte, o meu natalício, escolhi coisa ainda melhor. O dito cujo responde por "7 portes". um meio roubo de estrada, mas um peixe espectacular, quatro azeites à escolha, um cava decente e um serviço atento e discreto.
Como estamos numa de comer (bem) e beber, permitam-me Vªs Exªs uma última recomendação: "Can Ramonet", em plena Barceloneta. Paga-se (ainda) mais, mas come-se ainda melhor.
Querem saber mais coisas? Não há muito mais que valha a pena. Apenas um espectáculo sublime no "Palau de la musica catalana" (Mozart, na ocasião) e uma excelente companhia de 'low cost': chama-se Vueling e oferece amiúde voos a 10 euros (mais taxas) para Barcelona e Madrid.
Adeus! Até já...